terça-feira, 22 de maio de 2012

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Crianças

"Vede, não desprezeis alguns destes pequeninos...". Jesus. (Mateus, 18:10)
Quando Jesus nos recomendou não desprezar os pequeninos, esperava de nós não somente medidas providenciais alusivas ao pão e a vestimenta.
Não basta alimentar minúsculas bocas famintas ou agasalhar corpinhos enregelados. É imprescindível o abrigo moral que assegure ao espírito renascente o clima de trabalho necessário a sua sublimação.
Muitos pais garantem o conforto material dos filhinhos, mas lhes relegam a alma a lamentável abandono.
A vadiagem na rua fabrica delinqüentes que acabam situados no cárcere ou no hospício, mas o relaxamento espiritual no reduto doméstico gera demônios sociais de perversidade e loucura que em muitas ocasiões, amparados pelo dinheiro ou pelos postos de evidência, atravessam largas faixas do século, espalhando miséria e sofrimento, sombra e ruína, com deplorável impunidade à frente da justiça terrestre.
Não desprezes, pois, a criança, entregando-a aos impulsos da natureza animalizada.
Recorda que todos nós achamos em processo de educação e reeducação, diante do Divino Mestre.
O prato de refeição é importante no desenvolvimento da criatura, todavia, não podemos esquecer "que nem só de pão vive o homem".
Lembremo-nos da nutrição espiritual dos meninos, através de nossas atitudes e exemplos, avisos e correções, em tempo oportuno, de vez que desamparar moralmente a criança, nas tarefas de hoje, será condena-la ao menosprezo de si mesma, nos serviços de que se responsabilizará amanhã.

XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Lição 20.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Vídeos enviados (lista de reprodução)

Dez leis para ser feliz - Augusto Cury

É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?

Ninguém sendo perfeito, seguir-se-á que ninguém tem o direito de repreender o seu próximo?
Certamente que não é essa a conclusão a tirar-se, porquanto cada um de vós deve trabalhar pelo progresso de todos e, sobretudo, daqueles cuja tutela vos foi confiada. Mas, por isso mesmo, deveis fazê-lo com moderação, para um fim útil, e não, como as mais das vezes, pelo prazer de denegrir. Neste último caso, a repreensão é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda seja cumprido com todo o cuidado possível. Ao demais, a censura que alguém faça a outrem deve ao mesmo tempo dirigi-la a si próprio, procurando saber se não a terá merecido. - S. Luís. (Paris, 1860.)
Será repreensível notarem-se as imperfeições dos outros, quando daí nenhum proveito possa resultar para eles, uma vez que não sejam divulgadas?
Tudo depende da intenção. Decerto, a ninguém é defeso ver o mal, quando ele existe. Fora mesmo inconveniente ver em toda a parte só o bem. Semelhante ilusão prejudicaria o progresso. O erro está no fazer-se que a observação redunde em detrimento do próximo, desacreditando-o, sem necessidade, na opinião geral. Igualmente repreensível seria fazê-lo alguém apenas para dar expansão a um sentimento de malevolência e à satisfação de apanhar os outros em falta. Dá-se inteiramente o contrário quando, estendendo sobre o mal um véu, para que o público não o veja, aquele que note os defeitos do próximo o faça em seu proveito pessoal, isto é, para se exercitar em evitar o que reprova nos outros. Essa observação, em suma, não é proveitosa ao moralista? Como pintaria ele os defeitos humanos, se não estudasse os modelos? - S. Luís. (Paris, 1860.)
Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem?
É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se toma apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, devese atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes. - São Luís. (Paris, 1860.)

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 10. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Sou espírita; Alan Kardec: Não Me Mates Novamente...

Sou espírita; Alan Kardec: Não Me Mates Novamente...: Mãezinha... Não Me Mates Novamente... Lutei, trabalhei, empenhei·me para conseguir a autorização para renascer; e tu te comprometeste co...

Não Me Mates Novamente...

Mãezinha... Não Me Mates Novamente...

Lutei, trabalhei, empenhei·me para conseguir a autorização para renascer; e tu te comprometeste comigo; comigo e com Deus...
Quanto me alegrei no dia em que tu, em espírito, ao lado de papai, aceitaste receber­me na intimidade de teu lar. Ansiava esquecer, desejava um novo corpo que me possibilitasse resgatar meus erros do passado. Planejava um futuro de luz. Em verdade, minha vida estaria marcada por provas e testemunhos redentores. Contudo, preparei-me confiando no teu amor. E, no momento em que mais necessitava de ti, me assassinaste...
Por quê, mãezinha? Por quê?
Quando me sentiste no santuário do teu ventre, trocaste de conduta e começaste a torturar-me. Teus pensamentos de revolta que ninguém ouvia, retumbavam em meus ouvidos incipientes, como gritos dilacerantes que me afligiam enormemente. Os cigarros que fumavas me intoxicavam muitas vezes. Teu nervosismo, fruto de tua inconformação, me resultavam em verdadeiras chicotadas.
Quando decidiste abortar, ocorreu uma luta tremenda: tu querendo expulsar-me de teu ventre; e eu lutando por permanecer.
Por que fechastes os ouvidos à voz da consciência que te pedia compaixão e serenidade?
Por que anestesiaste os sentimentos, ao ponto de esqueceres que eu trazia um universo de bênção e de alegria para ti?
Haveria de ser um filho obediente e amoroso. Trazia meios que iam amparar-te nos últimos anos de tua presença na Terra. Todavia, tu não quiseste. Olha as conseqüências: eu atormentado por não poder nascer, e tu enferma, triste e intranqüila. Tua mente castigada pela aflição e teus sonhos povoados de pesadelos.
Por que mãezinha, por que não me deixaste renascer?
"É cedo, ainda", pensaste. "Quero gozar a vida, passear, divertir-me, viajar. Os filhos, só depois."
Todavia, nenhum filho chega no momento inadequado. As leis da vida são sábias e ninguém nasce por acaso.
Porém, pelo grande amor que te tenho, estou pedindo para ti a misericórdia de Deus. Até me atrevi a interceder para que alcances a bênção do reequilíbrio, para que, em futuro próximo, estejamos juntos, eu em teu ventre e tu, como sempre, em meu coração; eu alimentando-me de tua vitalidade, e tu fortalecendo-te na grandeza de meus mais puros sentimentos.
Mãezinha, por favor, não repitas teu ato premeditado, Quando sentires novamente alguém batendo na porta do teu Coração, serei eu, o filho rejeitado, que voltou para viver e ajudar-te a ser feliz.
MÃEZINHA, NÃO TE ESQUEÇAS DE MIM, NÃO ME ABANDONES, NÃO ME EXPULSES, NÃO ME MATES NOVAMENTE, NECESSITO RENASCER,

SOUZA, Juvanir Borges. O Que Dizem os Espíritos Sobre o Aborto. FEB. Mensagem recebida na "Biblioteca del Espíritu“, 11 Avenida 10-21, zona 7, Castillo Lara - Guatemala, C.A.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Alma e reencarnação





19 - Alma e reencarnação
Depois da morte
Efetivamente, logo após a morte física, sofre a alma culpada
minucioso processo de purgação, tanto mais produtivo quanto
mais se lhe exteriorize a dor do arrependimento, e, apenas depois
disso, consegue elevar-se a esferas de reconforto e reeducação.
Se a moléstia experimentada na veste somática foi longa e difícil,
abençoadas depurações terão sido feitas, pelo ensejo de autoexame,
no qual as aflições suportadas com paciência lhe alteraram
sensações e refundiram idéias.
Todavia, se essa operação natural não foi possível no círculo
carnal, mais se lhe agravam os remorsos, depois do túmulo, por
recalcados na consciência, a aflorarem, todos eles, através de
reflexão, renovando as imagens com que foram fixados na própria
alma.
Criminosos que mal ressarciram os débitos contraídos, instados
pelo próprio arrependimento, plasmam, em torno de si mesmos,
as cenas degradantes em que arruinaram a vida íntima, alimentando-
as à custa dos próprios pensamentos desgovernados.
Caluniadores que aniquilaram a felicidade alheia vivem pesadelos
espantosos, regravando nas telas da memória os padecimentos
das vítimas, como no dia em que as fizeram descer para o
abismo da angústia, algemados ao pelourinho de obsidentes recordações.
Tiranetes diversos volvem a sentir nos tecidos da própria alma
os golpes que desferiram nos outros, e os viciados de toda
sorte, quais os dipsômanos e morfinômanos, experimentam agoniada
insatisfação, qual ocorre também aos desequilibrados do sexo,
que acumulam na organização psicossomática as cargas magnéticas do instinto em desvario, pelas quais se localizam em plena
alienação.
As vítimas do remorso padecem, assim, por tempo correspondente
às necessidades de reajuste, larga internação em zonas
compatíveis com o estado espiritual que demonstram.
Conceito de inferno
O inferno das várias religiões, nesse aspecto, existe perfeitamente
como órgão controlador do equilíbrio moral nos reinos do
Espírito, assim como a penitenciária e o hospital se levantam na
Terra, como retortas de recuperação e de auxílio.
Além-túmulo, no entanto, o estabelecimento depurativo como
que reúne em si os órgãos de repressão e de cura, porquanto as
consciências empedernidas aí se congregam às consciências enfermas,
na comunhão dolorosa, mas necessária, em que o mal é
defrontado pelo próprio mal, a fim de que, em se examinando nos
semelhantes, esmoreça por si na faina destruidora em que se
desmanda.
É assim que as Inteligências ainda perversas se transformam
em instrumentos reeducativos daquelas que começam a despertar,
pela dor do arrependimento, para a imprescindível restauração.
O inferno, dessa maneira, no clima espiritual das várias nações
do Globo, pode ser tido na conta de imenso cárcere-hospital,
em que a diagnose terrestre encontrará realmente todas as doenças
catalogadas na patologia comum, inclusive outras muitas, desconhecidas
do homem, não propriamente oriundas ou sustentadas
pela fauna microbiana do ambiente carnal, mas nascidas de profundas
disfunções do corpo espiritual e, muitas vezes, nutridas
pelas formas-pensamentos em torturado desequilíbrio, classificáveis
por larvas mentais, de extremo poder corrosivo e alucinatório,
não obstante a fugaz duração com que se articulam, quando
não obedecem às idéias infelizes, longamente recapituladas no
tempo.
“Sementes de destino”
Nesses lugares de retificadoras inquietações, alija o Espírito
endividado a carga de superfície, exonerando-se dos elementos de
mais envolvente degradação que o aviltam; contudo, tão logo
revele os primeiros sinais de positiva renovação para o bem,
registra o auxílio das Esferas Superiores, que, por agentes inúmeros,
apóiam os serviços da Luz Divina onde a ignorância e a crueldade
se transviam na sombra.
Qual doente, agora acolhido em outros setores pela encorajadora
convalescença de que dá testemunho, o devedor desfruta
suficiente serenidade para rever os compromissos assumidos na
encarnação recentemente deixada, sopesando os males e sofrimentos
de que se fez responsável, acusando ainda a si próprio,
com a incapacidade evidente de perdoar-se, tanto maior quão
maiores lhe foram no mundo as oportunidades de elevação e a luz
do conhecimento.
Muita vez, ascendem a escolas beneméritas, nas quais recolhem
mais altas noções da vida, aprimoram-se na instrução, aperfeiçoam
impulsos e exercem preciosas atividades, melhorando os
próprios créditos; todavia, as lembranças dos erros voluntários,
ainda mesmo quando as suas vítimas tenham já superado todas as
seqüelas dos golpes sofridos, entranham-se-lhes no espírito por
“sementes de destino”, de vez que eles mesmos, em se reconhecendo
necessitados de promoção a níveis mais nobres, pedem
novas reencarnações com as provas de que carecem para se quitarem
consciencialmente consigo próprios.
Nesses casos, a escolha da experiência é mais que legítima,
porquanto, através da limpeza de limiar, efetuada nas regiões
retificadoras, e pelos títulos adquiridos nos trabalhos que abraça,
no plano extrafísico, merece a criatura os cuidados preparatórios
da nova tarefa em vista, a fim de que haja a conjugação de todos
os fatores para que reencontre os credores ou as circunstâncias
imprescindíveis, junto aos quais se redima perante a Lei.
Reencarnações especiais
Entretanto, reencarnações se processam, muita vez, sem qualquer
consulta aos que necessitam segregação em certas lutas no
plano físico, providências essas comparáveis às que assumimos no
mundo com enfermos e criminosos que, pela própria condição ou
conduta, perderam temporariamente a faculdade de resolver quanto
à sorte que lhes convêm no espaço de tempo em que se lhes
perdura a enfermidade ou em que se mantenham sob as determinações
da justiça.
São os problemas especiais, em que a individualidade renasce
de cérebro parcialmente inibido ou padecendo mutilações congênitas,
ao lado daqueles que lhe devem abnegação e carinho.
Incapazes de eleger o caminho de reajuste, pelo estado de
loucura ou de sofrimento que evidenciam, semelhantes enfermos
são decididamente internados na cela física como doentes isolados
sob assistência precisa.
Vemo-los, assim, repontando de lares faustosos ou paupérrimos,
contrariando, por vezes, até certo ponto, os estatutos que
regem a hereditariedade, por representarem dolorosas exceções no
caminho normal.
Reencarnação e evolução
Urge reparar, entretanto, em que a reencarnação não é mero
princípio regenerativo.
A evolução natural nela encontra firme apoio.
Criaturas que avultam na bondade, em muitas ocasiões requerem
conhecimento nobilitante e muitas que se agigantaram na
inteligência permanecem à míngua de virtude.
Outras inumeráveis, embora detendo preciosos valores, nos
domínios do coração e do cérebro, após longo estágio no plano
extrafísico, sentem fome de progresso renovador por inabilitadas,
ainda, a ascensões maiores e renunciam à tranqüilidade a que se
integram nos grupos afins, porque, no cadinho efervescente da
carne, analisam, de novo, as próprias imperfeições, testando-lhes
a amplitude nas rudes experiências da vida humana, obtendo mais
avançado ensejo de corrigenda e transformação.
Isso não significa que a consciência desencarnada deixe de
encontrar possibilidades de expansão nas cidades espirituais que
gravitam em torno da Terra. Outras modalidades de estudo e
trabalho aí lhe asseguram novos fatores de evolução; contudo,
escassa percentagem de criaturas humanas, além da morte, adquirem
acesso definitivo aos planos superiores.
A esmagadora maioria jaz ainda ligada às ideologias e raças,
pátrias e realizações, famílias e lares do mundo.
É por isso que artistas eméritos, ao notarem o curso diferente
das escolas que deixaram no Planeta, sentem-se irresistivelmente
atraídos para a reencarnação, a fim de preservar-lhes ou enriquecer-
lhes os patrimônios.
Cientistas eminentes, interessados na continuidade dos empreendimentos
redentores que largaram em mãos alheias, volvem
ao trabalho e à experimentação entre os homens, e, no mesmo
espírito missionário, religiosos e filósofos, professores e condutores,
homens e mulheres que se distinguem por nobres aspirações
retornam, voluntariamente à esfera física, em sagradas ações de
auxílio que lhes valem honrosos degraus de sublimação na escalada
para a Divina Luz.
Entendamos, assim, que tanto a regeneração quanto a evolução
não se verificam sem preço.
O progresso pode ser comparado a montanha que nos cabe
transpor, sofrendo-se naturalmente os problemas e as fadigas da
marcha, enquanto que a recuperação ou a expiação podem ser
consideradas como essa mesma subida, devidamente recapitulada,
através de embaraços e armadilhas, miragens e espinheiros que
nós mesmos criamos.
Se soubermos, porém, suar no trabalho honesto, não precisaremos
suar e chorar no resgate justo.
E não se diga que todos os infortúnios da marcha de hoje estejam
debitados a compromissos de ontem, porque, com a prudência
e a imprudência, com a preguiça e o trabalho, com o bem e o
mal, melhoramos ou agravamos a nossa situação, reconhecendo se
que todo dia, no exercício de nossa vontade, formamos novas
causas, refazendo o destino.
Particularidades da reencarnação
Perguntar-se-á razoavelmente, se existe uma técnica invariável
no serviço reencarnatório Seria o mesmo que indagar se a
morte na Terra é única em seus processos para todas as criaturas.
Cada entidade reencarnante apresenta particularidades essenciais
na recorporificação a que se entrega na esfera física, quanto
cada pessoa expõe característicos diferentes quando se rende ao
processo liberatório, não obstante o nascimento e a morte parecerem
iguais.
Os Espíritos categoricamente superiores, quase sempre, em
ligação sutil com a mente materna que lhes oferta guarida, podem
plasmar por si mesmos e, não raro, com a colaboração de instrutores
da Vida Maior, o corpo em que continuarão as futuras
 experiências, interferindo nas essências cromossômicas, com vistas às
tarefas que lhes cabem desempenhar.
Os Espíritos categoricamente inferiores, na maioria das ocasiões,
padecendo monoideísmo tiranizante, entram em simbiose
fluídica com as organizações femininas a que se agregam, experimentando
o definhamento do corpo espiritual ou o fenômeno de
“ovoidização”, sendo inelutavelmente atraídos ao vaso uterino,
em circunstâncias adequadas, para a reencarnação que lhes toca,
em moldes inteiramente dependentes da hereditariedade, como
acontece à semente, que, após desligar-se do fruto seco, germina
no solo, segundo os princípios organogênicos a que obedece, tão
logo encontre o favor ambiencial.
Entre ambas as classes, porém, contamos com milhões de Espíritos
medianos na evolução, portadores de créditos apreciáveis e
dívidas numerosas, cuja reencarnação exige cautela de preparo e
esmero de previsão.
Restringimento do corpo espiritual
Institutos de escultura anatômica funcionam, por isso, no Plano
Espiritual, brunindo formas diversas, de modo a orientar os
mapas ou prefigurações do serviço que aos reencarnantes competirá,
mais tarde atender.
Corpos, membros, órgãos, fibras e células são aí esboçados e
estudados, antes que se definam os primórdios da rematerialização
terrestre, porque, nesses casos, em que a alma oscila entre
méritos e deméritos, a reencarnação permanece sob os auspícios
de autoridades e servidores da Justiça Espiritual que administra
recursos a cada aprendiz da sublimação, de acordo com as obras
edificantes que lhes constem do currículo da existência.
Para isso, os candidatos à reencarnação, sem superioridade
suficiente de modo a supervisioná-la com o seu próprio critério e
distantes da inferioridade primitivista que deles faria escravos
absolutos da herança física, são admitidos a instituições-hospitais
em que magnetizadores desencarnados, bastante competentes pela
nobreza íntima, se incumbem de aplicar-lhes fluídos balsamizantes
que os adormeçam, por períodos variáveis, de conformidade
com a evolução moral que enunciem, a fim de que os princípios
psicossomáticos se adaptem a justo restringimento, em bases de
sonoterapia.
Desse modo, regressam ao berço humano nas condições precisas,
recolhidos a novo corpo, qual operário detentor de virtudes
e defeitos a quem se concede novo uniforme de trabalho e nova
oportunidade de realização.
Corpo físico
Paternidade e maternidade, raça e pátria, lar e sistema consangüíneo
são conjugados com previdente sabedoria para que não
faltem ao reencarnante todas as possibilidades necessárias ao
êxito no empreendimento que se inicia.
E senhor das experiências adquiridas que lhe despontam do
ser, em forma de tendências e impulsos, recebe o Espírito um
corpo físico inteiramente novo, em olvido temporário, mas não
absoluto, das experiências pregressas, corpo com o qual será
defrontado pelas circunstâncias favoráveis ou não do caminho que
deve percorrer, para prosseguir na obra digna em que se haja
empenhado ou para retificar as lições em que haja falido.
Nessas diretrizes, nem sempre estará integrado normalmente
na posição em que a vida mental e o campo somático se mostram
em sinergia ideal.
Às vezes, deve sofrer mutilações e enfermidades benéficas,
inibições e dificuldades orgânicas de caráter inevitável, porque,
de aprendizado a aprendizado e de tarefa a tarefa, quanto o aluno
de estágio a estágio para as grandes metas educativas, é que se
levantará, vitorioso, para a ascensão à Imortalidade Celeste.
Francisco Cândido Xavier - Evolução em Dois Mundos - pelo Espírito André Luiz

REVELAÇÃO E CIÊNCIA

REVELAÇÃO E CIÊNCIA
O homem poderá pelas investigações da ciência penetrar
alguns segredos da natureza?
- A ciência lhe foi dada para o seu adiantamento em todos os sentidos, mas ela
não pode ultrapassar os limites fixados por Deus.
(“O livro dos Espíritos”, questão nº10)
Sob a Terra, o homem vive em condições limitadas – Falta-lhe
ainda longo percurso para que, inclusive, utilize melhor a sua
condição cerebral.
O aperfeiçoamento do seu veículo de manifestação – O corpo
físico – Não lhe antecipará o aperfeiçoamento da personalidade.
Embora aparentemente adiante, o progresso tecnológico
permanece atrelado às luzes do espírito. Caso assim não fosse o
Homem já teria pelos artefatos bélicos, destruído a Terra um cem
número de vezes.
A procura da verdade é que induz o homem a caminhar; as suas
aflitivas inquirições concernentes à vida é o que o impulsiona na
caminhada, ambicionando a luz...
Não é tarefa da religião substituir o uso da ciência: Religião
induz a intuir, mas cabe à ciência definir... O místico, em êxtase,
aponta caminhos, no entanto o cientista deverá delineá-los...
Enquanto o homem não se pacificar, exercitando na tarefa da
introspecção, não terá os olhos para a verdade exterior. Desde que o
mundo é mundo a lei da gravitação é uma lei atraindo os corpos
para o centro gravitacional da Terra, todavia, num dado instante,
Isaac Newton a surpreendeu e a formulou teoricamente...
Nada está oculto; tudo salta aos olhos e à percepção de quem se
predispõe a sair do lugar comum e rastrear, propriamente a
verdade, a qual se espalha, homogênea, por todo o universo, como
se espalha as águas dos oceanos.
Os grandes investigadores – aqueles que descortinaram caminhos
à ciência, eram, sobretudo, místicos, - os filósofos pré-socráticos,
Pitágoras, Platão...
Infelizmente, na atualidade, a vida imediatista do homem não
lhe permite desviar os olhos das lentes de um microscópio para
dentro de si, onde a luz da sabedoria Divina se reflete.
Recomendou o Cristo que, em primeiro lugar, procurássemos o
reino de Deus e sua justiça, que as demais coisas nos seriam dadas
por acréscimo. Entendamos acréscimo por conseqüência natural...
A evolução obedece a um encadeamento – escala em espiral que
nos compete escalar em todos os estágios.
Cogitemos da nossa própria verdade interior, conhecendo-nos
com maior segurança, e, com certeza, a Verdade última sobre todas
as coisas não nos parecerá assim tão distante.
Sobretudo, para as revelações de caráter mais transcendente,
saibamos que o vocabulário humano ainda é demasiadamente
pobre. Não existirão, por longo e longo tempo, em todos os idiomas,
termos que exprimem com clareza o que se passa nos domínios da
intuição e do sentimento.
Se sequer possuímos palavras suficientes para com as quais
possamos nos entender acerca da verdade, como, por agora,
cogitarmos de unidade de pensamento.
 Livro Se teus olhos forem bons
Espírito: Irmão José: Médium Carlos A Baccelli
Repassando...

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Doçura, Paciência, Bondade

 





07
Doçura, Paciência, Bondade



Se o orgulho é o germe de uma multidão de vícios, a caridade produz muitas virtudes. Desta derivam a paciência, a doçura, a prudência. Ao homem caridoso é fácil ser paciente e afável, perdoar as ofensas que lhe fazem. A misericórdia é companheira da bondade. Para uma alma elevada, o ódio e a vingança são desconhecidos. Paira acima dos mesquinhos rancores, é do alto que observa as coisas. Compreende que os agravos humanos são provenientes da ignorância e por isso não se considera ultrajada nem guarda ressentimentos. Sabe que perdoando, esquecendo as afrontas do próximo, aniquila todo germe de inimizade, afasta todo motivo de discórdia futura, tanto na Terra como no espaço.
A caridade, a mansuetude e o perdão das injúrias tornam-nos invulneráveis, insensíveis às vilanias e às perfídias: promovem nosso desprendimento progressivo das vaidades terrestres e habituam-nos a elevar nossas vistas para as coisas que não possam ser atingidas pela decepção.
Perdoar é o dever da alma que aspira à felicidade. Quantas vezes nós mesmos temos necessidade desse perdão? Quantas vezes não o temos pedido? Perdoemos a fim de sermos perdoados, porque não poderíamos obter aquilo que recusamos aos outros. Se desejamos vingar-nos, que isso se faça com boas ações. Desarmamos o nosso inimigo desde que lhe retribuímos o mal com o bem. Seu ódio transformar-se-á em espanto e o espanto, em admiração. Despertando-lhe a consciência obscurecida, tal lição pode produzir-lhe uma impressão profunda. Por esse modo, talvez tenhamos, pelo esclarecimento, arrancado uma alma à perversidade.
O único mal que devemos salientar e combater é o que se projeta sobre a sociedade. Quando esse se apresenta sob a forma de hipocrisia, simulação ou embuste, devemos desmascará-lo, porque outras pessoas poderiam sofrê-lo; mas será bom guardarmos silêncio quanto ao mal que atinge nossos únicos interesses ou nosso amor-próprio.
A vingança, sob todas as suas formas, o duelo, a guerra, são vestígios da selvageria, herança de um mundo bárbaro e atrasado. Aquele que entreviu o encadeamento grandioso das leis superiores, do princípio de justiça cujos efeitos se repercutem através das idades, esse poderá pensar em vingar-se?
Vingar-se é cometer duas faltas, dois crimes de uma só vez; é tornar-se tão culpado quanto o ofensor. Quando nos atingirem o ultraje ou a injustiça, imponhamos silêncio à nossa dignidade ofendida, pensemos nesses a quem, num passado obscuro, nós mesmos lesamos, afrontamos, espoliamos, e suportemos então a injúria presente como uma reparação. Não percamos de vista o alvo da existência que tais acidentes poderiam fazer-nos olvidar. Não abandonemos a estrada firme e reta; não deixemos que a paixão nos faça escorregar pelos declives perigosos que poderiam conduzir-nos à bestialidade; encaminhemo-nos com ânimo robustecido. A vingança é uma loucura que nos faria perder o fruto de muitos progressos, recuar pelo caminho percorrido. Algum dia, quando houvermos deixado a Terra, talvez abençoemos esses que foram inflexíveis e intolerantes para conosco, que nos despojaram e nos cumularam de desgostos; abençoa-los-emos porque das suas iniqüidades surgiu nossa felicidade espiritual. Acreditavam fazer o mal e, entretanto, facilitaram nosso adiantamento, nossa elevação, fornecendo-nos a ocasião de sofrer sem murmurar, de perdoar e de esquecer.
A paciência é a qualidade que nos ensina a suportar com calma todas as impertinências. Consiste em extinguirmos toda sensação, tornando-nos indiferentes, inertes para as coisas mundanas, procurando nos horizontes futuros as consolações que nos levam a considerar fúteis e secundárias todas as tribulações da vida material.
A paciência conduz à benevolência. Como se fossem espelhos, as almas reenviam-nos o reflexo dos sentimentos que nos inspiram. A simpatia produz o amor; a sobranceria origina a rispidez.
Aprendamos a repreender com doçura e, quando for necessário, aprendamos a discutir sem excitação, a julgar todas as coisas com benevolência e moderação. Prefiramos os colóquios úteis, as questões sérias, elevadas; fujamos às dissertações frívolas e bem assim a tudo o que apaixona e exalta.
Acautelemo-nos da cólera, que é o despertar de todos os instintos selvagens amortecidos pelo progresso e pela civilização, ou mesmo uma reminiscência de nossas vidas obscuras. Em todos os homens ainda subsiste uma parte de animalidade que deve ser por nós dominada à força de energia, se não quisermos ser submetidos, assenhoreados por ela. Quando nos encolerizamos, esses instintos adormecidos despertam e o homem torna-se fera. Então, desaparece toda a dignidade, todo o raciocínio, todo o respeito a si próprio. A cólera cega-nos, faz-nos perder a consciência dos atos e, em seus furores, pode induzir-nos ao crime.
Está no caráter do homem prudente o possuir-se sempre a si mesmo, e a cólera é um indício de pouca sociabilidade e muito atraso. Aquele que for suscetível de exaltar-se deverá velar com cuidado as suas impressões, abafar em si o sentimento de personalidade, evitar fazer ou resolver qualquer coisa quando estiver sob o império dessa terrível paixão.
Esforcemo-nos por adquirir a bondade, qualidade inefável, auréola da velhice, doce foco onde se reaquecem todas as criaturas e cuja posse vale essa homenagem de sentimentos oferecida pelos humildes e pelos pequenos aos seus guias e protetores.
A indulgência, a simpatia e a bondade apaziguam os homens, congregando-os, dispondo-os a atender confiantes aos bons conselhos; no entanto, a severidade dissuade-os e afugenta. A bondade permite-nos uma espécie de autoridade moral sobre as almas, oferece-nos mais probabilidade de comovê-las, de reconduzi-las ao bom caminho. Façamos, pois, dessa virtude um archote com o auxílio do qual levaremos luz às inteligências mais obscuras, tarefa delicada, mas que se tornará fácil com um sentimento profundo de solidariedade, com um pouco de amor por nossos irmãos.
Léon Denis: Livro O caminho Reto (Extraído da obra “Léon Denis - Depois da Morte”)
Fonte: