segunda-feira, 24 de março de 2014

Como Orientar a Própria Vida

INTRODUÇÃO - ORIENTAÇÃO


A finalidade deste livro é oferecer, sobretudo aos jovens, um modo de orientar-se na vida, auto-dirigindo-se depois de ter enten­dido seu funcionamento. Procuramos estabelecer um diálogo baseado na inteligência, sinceridade e boa vontade.
Usamos este método, aconselhando-o ao leitor, por que é de seu interesse usá-lo. Cremos seja vantajoso para todos eliminar o velho, fatigante e contraproducente sistema dos atritos entre con­trários. Não nos fazemos de preceptor que exige obediência, nem de distribuidor de sabedoria para menores ignorantes que nada sabem fazer, senão aceitar as sugestões. Aqui não existe autoridade im­posta e por isso nada a contestar.
Aqui se procura apenas explicar, a quem interessa com­preender, como realmente funciona a vida, a fim de que cada um, se o quiser, comporte-se de um modo mais racional, portanto mais vantajoso menos ilógico e de menor dano. Explica-se, ainda, que ninguém pode constranger outrem a fazer isso ou aquilo, e que se deve respeitar a sua liberdade. Explica-se, também, que não se podem impedir as consequências das boas ou más ações praticadas por ele. Em suma, deve-se compreender que existe uma realidade inevitável, pela qual, quando não se vive em estado de ordem e dis­ciplina, devem-se sofrer os consequentes danos, porque esta é a lei da vida que subsiste, mesmo depois de destruída toda autoridade humana. Explicaremos, assim, que se deve ser honesto e prudente, não pelo fato de que esta ou aquela autoridade humana o impõe e pelo medo de sanções punitivas com que ela nos ameaça.
Este é o velho sistema. O novo, que aqui seguimos não se baseia na imposição forçada, mas na livre aceitação derivada da convicção. E esta convicção é exatamente a que nos propomos alcançar com a demonstração racional e positiva, baseada em fatos. É por isto que nos pomos em posição de diálogo, isto é, de parida­de perante o leitor. Como se vê, o problema é solucionado por um princípio completamente diverso do passado, exatamente aquele que as jovens estão hoje inaugurando e que corresponde às suas condições de vida modificadas, devidas à maturidade que a homem está para atingir.
       A vida é uma série de problemas a serem resolvidos. Como resolvê-los? Antigamente vigorava o método do comando, adaptado à fase infantil da humanidade. Devia-se obedecer cega­mente. Por que? Parque assim tinha Deus falado. Aqui a mente humana estacava, porque era incapaz de avançar sozinha. Hoje ela sabe andar um pouco mais à frente e pergunta: mas por que fa­lou Deus assim? O adulto discute a autoridade, mas reconhece-lhe a valor se ela serve à vida: obedece se está convencido de que seja útil e justa. Não basta comandar, é necessário justificar o próprio direito ao comando.
O leitor dirá: mas eu não creio em Deus! Não tem impor­tância. Pedimos apenas observar os fatos que nos mostram como fun­ciona a vida. É pueril pensar que o crer ou não crer em nossas filoso­fias ou religiões possa modificar tal realidade. Ora, esse funcionamen­to contínuo, concreto, experimentalmente controlável, mostra-nos de forma racional a presença de conceitos diretivas sem os quais o fato positiva de tal funcionamento não se pode realizar. Eis que cada um pode verificar essa presença de principias e que eles são antepostos à manutenção de uma ordem. Quem ama, crê, verá neles Deus; quem é ateu, deverá admitir que a presença deles, ainda que negando Deus. Diga-se que, na prática, afirmar ou negar sua presença não altera nada, porque todos obedecem àquelas leis, sejam de qualquer religião, ou não.
Não entramos na teoria geral de tal funcionamento da vida, o que nos levaria muita longe, e disso tratamos amplamente alhures. Aqui queremos ser fáceis e práticos; permanecemos, por­tanto, ligadas à realidade exterior, aquela que mais tocamos com as mãos. Quem quiser aprofundar o conhecimento de tais proble­mas, enfrentando-os em seus aspectos mais vastas e longínquas e analisando-os em seus pormenores, poderá encontrar tudo isso nas demais livras já publicados.
Entremos na matéria.
De nossa forma mental e estrutura da personalidade, de nossa escolha e conduta depende o modo pelo qual cada um cons­trói a própria vida e o seu própria destino. Primeira semeamos e depois colhemos. A relação causa-efeito é evidente. A vida é um laboratório onde encontramos os mais variados instrumentos e in­gredientes. Nós os escolhemos e depois os manipulamos, como me­lhor nos parece, cada um a seu modo.
Grande parte deste trabalho é preestabelecido e automá­tico: o nascimento, o desenvolvimento físico, a velhice, a morte, a reprodução, o funcionamento orgânico, os impulsos dos instintos e a formação de outros novos, pela assimilação no subconsciente das experiências vividas. Todos podem verificar que nossa vida se desenvolve ao longo de uma rota estabelecida da qual ninguém pode sair.
Podemos, porém, permitir-nos oscilações, mas mesmo es­tas permanecem limitadas e corrigidas par uma lei sua, que tende a canalizá-las na ordem, tão logo esta seja violada. Mesmo se, aparentemente, parece que dominam a nossa liberdade e o caos indivi­dualista, em substância, além destas aparências, todos os nossos movimentos permanecem regulados por leis cuja função é reconstruir o equilíbrio e sanar o mal que fazemos. Sem a presença dessa for­ça íntima reguladora, o nosso mundo, abandonado a si mesma, des­moronaria dentro em pouco, enquanto, pelo contrário, vemos que ele se está construindo, porque evolui sempre para o alto.
A vida é um impulso de crescimento, é um anseio em di­reção à perfeição e à felicidade. A grande aspiração é subir, mes­mo se cada um o faz a seu nível. Nisso manifesta-se a lei de evolução. Devemos evoluir e para isso a vida é aquele laboratório que mencionamos, isto é, uma escola de experimentação para aprender. A primeira coisa que é necessário compreender, sobretudo os jovens construtores da vida, é que este é um trabalho de construção de si mesmo através de provas variadas, cada um sujeito àquelas mais adaptadas ao seu desenvolvimento.
A vida é uma coisa séria, a ser percorrida com consciência e responsabilidade, sabendo a que dores podem levar-nos os nossos erros. É necessário então saber como é construída a Lei, pa­ra evitar tais erros e as dores que se seguem. Esta lei pode ser cha­mada a Lei de Deus, parque exprime o Seu pensamento, pensa­mento que dirige cada fenômeno, em todos os níveis de evolução e planos de existência.
É necessário ter compreendido que o homem se move dentro dessa Lei como um peixe no mar. A finalidade de nossos movimentos é a experimentação, e a finalidade da vida é aprender. Estamos cheios de desejos, sobretudo os jovens, e de impulsos que nos lançam a provar o que serve para construir-nos. Os efeitos des­se trabalho ficam registrados e são acrescentados à nossa persona­lidade, que se enriquece de conhecimento, constituindo a nossa pró­pria evolução. Par aí se compreende a importância do saber viver. Assim, ao fim da vida, seremos ricos se soubermos adquirir novas e melhores qualidades; e seremos pobres se nada fizemos e, portan­to, nada aprendemos de bom. Isso, independentemente de todos os triunfos, conquistas e bens terrenos, que só valem como miragens que nos induzem a fazer a trabalho de experimentação e de aqui­sição de qualidades.
Trata-se de um novo modo de conceber a vida, em função de outros pontos de referência, para conquistar outros valores. An­tigamente relegava-se isso ao plano espiritual em bases emotivas de fé e sentimento. Hoje, fazemo-la baseando-nos na lógica, observa­ções dos fatos e controle experimental. Já é um progresso, parque daí nasce um tipo de moral positivamente científica e universal, aquela que os novos tempos de espírito crítico exigem. Progresso necessário, parque, quanto mais se avança, tanto mais os problemas a resolver, de que é feita a vida, se fazem mais numerosos e di­fíceis. Os instrumentos de experimentação que encontramos no seu laboratório e que devemos adotar para aprender fazem-se sempre mais complexos e de difícil uso. Para nossos ancestrais bastava uma ética elementar para resolver os seus problemas. Faz-se neces­sário, agora, uma ética sempre mais complexa e exata para resolver os novos problemas que surgem, quando se sabe a um nível evolu­tivo mais elevado. Para dirigir uma carroça ou um automóvel é necessário grau diverso de perícia e precisão.
A nossa sociedade atual não possui escolas que eduquem a fundo, ensinando a viver. A velha moral era exterior, baseada muito nas aparências, em velhos enganos, nos quais hoje não mais se crê. Antigamente bastava não dar escândalo e que o pecado não fosse visto. A verdadeira ciência da vida consistia em escon­der os próprios defeitos, não em corrigi-los. E os adultos que possuíam aquela ciência guardavam-se bem de ensiná-la em prejuízo próprio. Usavam, em vez, a autoridade e puras noções. Tais mé­todos estão hoje se desmantelando. A liberdade individual cresceu e o pecado social adquiriu importância, porque prejudica o próxi­mo. Hoje a vida faz-se sempre mais coletiva e exige um maior senso de responsabilidade.
Ora, quem entendeu tem o dever de mostrar como tudo funciona àqueles que podem e querem compreender.  Com estes apontamentos buscamos preencher o vácuo de conhecimento que se verifica nas diretivas fundamentais de nossa vida, em nosso pen­samento e nossos atos. Antigamente isso era deixado aos instintos, aos impulsos do subconsciente. E este era um terreno inexplorado e a psicanálise era inexistente. As motivações eram secretas. O in­divíduo não as estudava, não as dirigia; lançava assim ao acaso a semente do futuro desenvolvimento de seu destino. Os jovens en­frentavam a vida, tomando as mais graves decisões, em estado de completa ignorância dos problemas que deviam enfrentar e das suas soluções. Procedia-se por tentativas, ao acaso, seguindo miragens. Nada de planificações racionais da vida, nenhum conhecimento das consequências. Disso pode-se deduzir quão despreparado esta­va o indivíduo para resolver as seus problemas com inteligência.
Aquilo que buscamos adquirir neste livro, é a consciên­cia de nós mesmos, o conhecimento do significado, valor e consequências de cada ata nosso, de modo que tudo se desenvolva bene­ficamente, de maneira satisfatória para o indivíduo. Desejamos en­siná-lo a ser forte, resistente, positivo, construtivo. Chegou a hora de dar um salto à frente, em direção a um novo tipo de seleção biológica, não mais aquela feroz do passado que exaltava como campeão o vencedor violento, assaltante, hoje tornado um perigo social. Trata-se de um tipo de seleção mais aperfeiçoado, que deseja produzir o homem inteligente, trabalhador, espiritualmente forte, coletivamente organizado. Trata-se de construir o homem conscien­te, que sabe pensar por si, independente do juízo alheio, um res­ponsável porque conhece a Lei de Deus e, segundo ela, sabe viver.
Tal conhecimento e o fato de saber viver de tal modo, com a consciência de encontrar-se dentro da Lei, em harmonia com ela, devem dar a esse homem resistência na adversidade, que só pode possuir quem sabe encontrar-se de acordo com a Lei, portan­to em posição de justo equilíbrio no seio da ordem universal. Que podem fazer as acusações alheias, quando o indivíduo é honesto e com consciência pode proclamar perante Deus a sua honestidade? A verdadeira força não está nos poderes humanos, mas no estado de retidão. Quem compreendeu como tudo isso funciona, sabe que estas não são apenas palavras. Ele sabe que a Lei não é uma abstração, mas unia força viva, operante, inflexível, positiva, saneadora, ho­nesta; sabe que a sua justiça termina por vencer todas as injustiças humanas e que, portanto, o vencedor final é o justo e não o prepotente sobre a Terra. A Lei, imparcial e universal, paga a cada um o que for merecido.
Neste trabalha não apresentamos produtos emocionais ou fideísticos. Através da observação e da experimentação chegamos à conclusão que existem no campo moral e espiritual leis interrogáveis como as existentes no campo da matéria e da energia. Todos os fenômenos, de cada tipo, são regidas por leis exatas que não são senão ramificações de uma lei central que contém os princípios que regulam o funcionamento de todo o universo.
Buscaremos, a seguir, mostrar quais metas mais altas e preciosas pode ter a vida, que lhe dão um significado novo e vão além daquelas comuns do sucesso material. Procuraremos mostrar que, para conquistar, com outros valores também se pode lutar e vencer. E o fazemos não baseados em abstrações filosóficas ou misticismos, mas no real funcionamento da vida.
Com estes esclarecimentos, fechamos estas notas prelimi­nares de orientação geral, com as quais quisemos definir o presente trabalho e suas bases.
Pensamentos; Autor: Pietro Ubaldi
Tradução: Vasco de Castro Ferraz











sexta-feira, 14 de março de 2014

Palestra Ana Jaicy Guimarães em Bilac S.P.

Convidamos a todos para uma noite muito especial
Dia 20/03 QUI às 20h na Seara De Luz Bilac nossa irmã de ideal Ana Jaicy Guimarães.
Imperdível...
Contamos com sua presença amiga e sua divulgação.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Não existe no mundo ninguém totalmente mal; Na ótica Espírita...


(Livro dos espíritos Q:115.)
Uns Espíritos foram criados bons e outros maus? R: Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada um deles uma missão, com o fim de os esclarecer e progressivamente conduzir a perfeição, pelo conhecimento da verdade e para os aproximar Dele. (A felicidade eterna) e sem perturbações, eles a encontrarão nessa perfeição. Os Espíritos adquirem o conhecimento passando pelas provas que a lei de Deus indica o caminho. Uns aceitam essas provas com submissão e chegam mais prontamente ao seu destino; outros não conseguem sofrê-las sem lamentação, e assim permanecem, por sua culpa, distanciados da perfeição e da felicidade prometida.
Verdadeiramente fomos criados simples e ignorantes, contudo, as qualidades espirituais perfeitas estavam vibrando, e vibram ainda, em nós esperando o momento de desabrochar para a libertação definitiva. Os caminhos do Espírito são inúmeros, em todas as direções que à lei de Deus determinou, entretanto, o peso é o mesmo para cada criatura. Aquele que trilha caminhos incompatíveis com o bem o faz somente pela ignorância e desde quando conhece a verdade se liberta do que chamamos de erro. Quando o Espírito recebe, por misericórdia de Deus, o livre arbítrio, juntamente com ele recebe também, a inteligência para escolher os caminhos que lhe agradam, roteiros esses que lhe trazem felicidade ou a decepção.
A ignorância pode ser uma falta de conhecimento, sabedoria e instrução sobre determinado tema, ou mesmo crença em falsidades. Em situação em contrapartida o ignorante estabelece critérios que desclassifiquem o conselho alheio, em prol da sua falta de conhecimento, busca estabelecer ideias falsas sobre si mesmo e o mundo que o cerca de forma errônea, que desagrade aqueles com quem convive ...
A onisciência de Deus evidencia que Ele já conhece antecipadamente os caminhos da alma, em toda a sua jornada de despertamento espiritual. Sendo assim, sabe antecipadamente dos nossos acertos e desacertos, e as nossas tendências comprovam as diferenças entre nós. Quem conhece o Amor, jamais envereda pelas trevas do ódio. Portanto, quem permanece odiando, vingando, caluniando, mentindo e perseguindo os semelhantes, é por desconhecer os efeitos do verdadeiro Amor, sendo ainda comandado pelo modo que foi criado, dentro da simplicidade, mas pela força da ignorância.
Em o Livro dos Médiuns: item: IV
Se Deus envia os espíritos a instruir os homens, e para que estes se esclareçam sobre seus deveres, é para lhes mostrarem o caminho por onde poderão abreviar suas provas e, conseguintemente apressar o seu progresso. Ora, do mesmo modo que o fruto chega a madureza, também o homem chegará a perfeição. Porém, de par com espíritos bons, que desejam o vosso bem, há igualmente os espíritos imperfeitos, que desejam o vosso mal. Ao passo que uns vos impelem para a frente, outros vos puxam para trás. A saber distingui-los é que deve aplicar-se toda a atenção. É fácil o meio; trata-se unicamente de compreenderdes que o que vem de um espirito bom não pode prejudicar a quem quer que seja e que tudo o que seja mal só de um mal Espírito pode porvir. Se não escutardes os sábios conselhos dos espíritos que vos querem bem, se vos ofenderdes pelas verdades, que eles vos digam, evidente é que são maus os espíritos que vos inspiram. Só o orgulho pode impedir que vos vejais quais realmente sois. Mas, que, então, sois censurados pelos homens, que de vós se riem por detrás, e pelos espíritos (um espírito familiar)
Os caminhos dos Espíritos são diversos, mas, em todos eles se irradia a justiça e, se todos foram feitos iguais, por que a liberdade irá modificá-los nas atitudes? Os que não desejam mais errar os fazem por experiências que colheram nas ilusões, e os que permanecem de encontro às leis espirituais, é por faltar-lhes tempo na escola da educação. Espírito algum já nasceu das mãos do nosso Criador sábio e desperto. Nós todos recebemos o mesmo carinho, a mesma proteção, dentro da mesma justiça.
 Em- (O Evangelho Segundo o Espiritismo)
Quando estiverem cansados de sofrer devido ao mal, procurarão remédio no bem. A reação desses vícios serve, pois ao mesmo tempo, de castigo para uns e de provas para outros. É assim que do mal tira Deus o bem e que os próprios homens utilizam as coisas más ou as escórias... no item- 15-Sendo assim, dirão, o mal é necessário e durará sempre, porquanto, se desaparecesse, Deus se veria privado de um poderoso meio de corrigir os culpados. Logo, é inútil cuidar de melhorar os homens. Deixando, porém, de haver culpados, também desnecessário se tornariam quaisquer castigos. Suponhamos que a Humanidade se transforme e passe a ser constituída de homens de bem: nenhum pensará em fazer mal ao seu próximo e todos serão ditosos por serem bons. Tal a condição dos mundos elevados, donde já o mal foi banido; que virá a ser a da Terra, quando houver progredido bastante. Mas, ao mesmo tempo que alguns mundos se adiantam, outros se formam, povoados de Espíritos primitivos e que, além disso, servem de habitação, de exílio e de estância expiatória a Espíritos imperfeitos, rebeldes, obstinados no mal, que foram convidados a ser retirar dos mundos que se tornaram felizes.
Espíritos mais elevados, dos quais temos notícias, também passaram por diversos problemas, caindo e se levantando no grande aprendizado universal. Não chegaram à escala em que se encontram por simples atitudes, ou por quererem ser bons; sofreram na pele as agressões da própria vida, para o devido despertamento das suas qualidades. Essa é a verdade: em um pé de fruta podemos observar quantas amadureceram primeiro, por terem nascido primeiro; as que amadurecem por último nasceram, evidentemente, por último. Alma alguma cresce sem o guante da dor, sem o sacrifício de si mesma, e sem variados problemas, que se transmutam em qualidades espirituais. Todos passamos pelos testemunhos necessários ao nosso adiantamento espiritual. O que é bom hoje não foi bom ontem, e o que é ruim hoje, amanhã será bom. Ninguém foge desta lei, que nos ampara a todos.
Em (Mateus 5 :39) está assim "Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal” mas se alguém te bater na face direita, oferece- lhe também a outra... Jesus.
Os expoentes da má-fé costumam interpretar falsamente as palavras do Mestre, com relação à resistência ao mal.
Não determinava Jesus que os aprendizes se entregassem, às correntes destruidoras.
Aconselhava a que nenhum discípulo retribuísse violência por violência.
Enfrentar a crueldade com armas semelhantes seria perpetuar o ódio e a desregrada ambição no mundo.
O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores, revelando forças diferentes.
Em razão disso, a atitude requisitada pelo crime jamais será a indiferença e, sim, a do bem ativo, enérgico, renovador, vigilante e operoso.
Em todas as épocas, os homens perpetraram erros graves, tentando reprimir a maldade, filha da ignorância, com a maldade, filha do cálculo. E as medidas infelizes, grande número de vezes, foram concretizadas em nome do próprio Cristo.
Guerras, revoluções, assassínios, perseguições foram movimentados pelo homem, que assim presume cooperar com o Céu. No entanto, os empreendimentos sombrios nada mais fizeram que acentuar a catástrofe da separação e da discórdia, mas nunca determinação de Jesus.
Tem um trecho que eu copiei de um livro do Baccelli: Na casa de meu Pai
A respeito do mal: deve servir para o fortalecimento do Bem! Por este motivo, não esperemos conviver com pessoas que não nos criem problemas, pois, sem os problemas que elas criem, nós não evoluiremos! Essas pessoas são o nosso material de trabalho; para melhoramos, precisamos suporta-las, a fim de que, com base em nossos exemplos, elas próprias se melhorem...
Fomos criados simples e ignorante e Deus nos deu o livre-arbítrio e jamais vamos compreender o que é caridade, amor, indulgência sem estudar. A doutrina é uma enorme enciclopédia de conhecimentos e transformar-se sem estudar, sem conhecer; é impossível sua prática. A prática é uma consequência do saber. Jesus ensinava porque sabia; praticava, porque compreendia, entendia e tinha conhecimento profundo das causas e consequências das coisas, principalmente da alma humana. Conhecia profundamente nossas fraquezas, fragilidades e necessidades. Entender e praticar estão sempre interligados ao conhecimento. A maioria de nós está ainda no estágio de aprender, de aluno. Mas que possamos fazer um esforço pelo pouco que sabemos, colocando em prática o que já aprendemos, principalmente dentro da Comunidade.
Não nos iludamos, não vamos a lugar nenhum sem estudo. A nossa transformação depende do aprendizado constante, metódico e reflexivo sobre a doutrina, sobre nós e sobre o mundo.

Se, queremos ser espíritas, reflitamos um pouco sobre (O Livro dos Espíritos) na
Pergunta: 876 – Fora do direito consagrado pela lei Humana, qual a base da justiça fundada sobre a lei natural? - O Cristo vo-la deu: Desejai para os outros os que quereis para vós mesmos. Deus colocou na consciência do homem a regra de a verdadeira justiça, pelo desejo de cada um de ver respeitar seus direitos. Na incerteza do que deve fazer em relação ao seu semelhante em uma dada circunstância semelhante: Deus não poderia dar um guia mais seguro que sua própria consciência (Q: 621 do Livro dos espíritos)
Muitos desejaram seguir Jesus, embevecidos com as maravilhas daquele reino a que Ele se referia. As narrativas evangélicas são exata nesse sentido. O jovem rico queria segui-lo, “mas”, ainda tinha alguns compromissos para resolver; outro, também queria segui-lo, “mas”, tinha que sepultar seu pai; muitos outros o queriam como rei, mas, o abandonaram em momentos decisivos e dolorosos; muitos até hoje desejam segui-lo, mas, os jogos de interesses do mundo atual, o apego demasiado à matéria, impedem tão importante decisão. Na verdade, é a “sombra”, o ego, o ser inferior na sua manifestação mais primitiva, que ainda necessita de mais experiências.
Desse modo, o Reino de Deus é uma construção interior, feita de perseverança, renúncia, dedicação e, acima de tudo, na autotransformação baseada em princípios divinos, éticos, morais, norteadores de conduta...
Espíritos imortais, por que tivemos começo mas não fim; eterno só Deus, somos criados simples, isto é com ausência de tendências para o bem ou para o mal e ignorantes, ou seja desconhecedores das coisas e das leis naturais, nos caracterizamos pelo predomínio dos instintos, pelo que resta da animalidade ainda atuantes em nossa essência, a revelar-se no modo de sentir pensar e agir. O que resta vão sendo eliminados nas diferentes oportunidades durantes as vidas sucessivas a que estamos sujeitos Da irracionalidade à angelitude há longa jornada. A Doutrina Espírita ensina que poderemos caminhar mais depressa, com mais segurança, com menos sofrimento, com menos problemas ou mais conflitos, dependendo isto do modo como cada um responde aos convites da vida. O chamado para o serviço do bem é a oportunidade que Deus oferece a todos para acelerar a caminhada rumo à perfeição. Podemos caminhar felizes e confiantes assim que nos disponhamos a desenvolver e a viver o conhecimento das Leis Divinas, através do estudo, e sentindo que devemos ser mais humanos, praticando o Bem. Tentar ser melhores do que fomos no sentido de apresentarmo-nos com a potencialidade perfectível dinamizada ao seu máximo, todos seremos um dia. Ficando bem claro que tal ápice jamais significará privilégios ou favores, mas sim, frutos de um trabalho pessoal e intransferível, que renovando o homem, desenvolve lhe através da ação consciente a potencialidade divina.
Refletir sobre Deus é mergulhar na essência da vida, afinal o que existe está mergulhado nele. Mesmo com nossas limitações de entendimento, estudar o criador nos faz despertar como criaturas, encontrando respostas necessárias a uma vida saudável. Desse entendimento depende nossa harmonização com toda a criação, permitindo assim, que vivamos integrados ao todo... Livro: Deus: Roosevelt Andolphato Tiago
“Não há efeito sem causa – disse Allan Kardec – e todo efeito inteligente tem forçosamente uma causa Inteligente.” Eis o princípio sobre o qual repousa o Espiritismo. Esse princípio, quando o aplicamos às manifestações de Além-Túmulo, demonstra a existência dos Espíritos. Aplicado ao estudo do mundo e das leis universais, demonstra a existência de uma causa inteligente no Universo... Léon Denis: Livro: O Grande Enigma
Ninguém recolhe o bem sem conquista-lo; e ninguém recebe o mal sem atrai-lo: Emmanuel Chico Xavier...
O bom não persegue o mau. Ajuda-o a melhorar-se.
Se somente a ignorância gera o erro, quando esta cessar, desaparecerá a predisposição para errar, e o bem dominará a alma, pela força do Amor. Precisamos meditar mais e estudar, com mais interesse de aprender, no clima da oração...
No planeta não existe ninguém totalmente mal porque fomos criado por Deus essência Divina; Filhos do Amor Celestial e nossa mãe natureza...
Tem muitas palavras que eu não adoto são como anjos para mim espíritos elevados, castigo ou pagar: reparação, e outras as pessoas vão procurando as palavras que mais se sente bem; porque eu tenho a certeza que nosso Pai Celestial não faz nada inútil tudo tem um motivo no nosso aprendizado, todos temos o livre arbítrio mas somos prisioneiros das consequências...Muita paz a todos que nosso irmão maior jesus nos abençoe no nosso caminhar para a evolução....