terça-feira, 23 de julho de 2013

A Passagem




Capítulo I-  pág. 151
14- Para trabalhar pela sua depuração, reprimir as más tendências, vencer as paixões, é preciso ver-lhes as vantagens no futuro; para se identificar com a vida futura, dirigir-lhe as suas aspirações e preferi-la á vida terrestre, é preciso não só nela crer, mas compreendê-la; é preciso se representá-la sob um aspecto satisfatório para a razão, em completo acordo com a lógica, o bom senso e a ideia que se faz da grandeza, da bondade e da justiça de Deus. De todas as doutrinas filosóficas, o Espiritismo é a que exerce, sob esse aspecto, a mais poderosa influência pela fé inabalável que ela dá...
O espírita sério não se limita a crer; ele crê porque compreende, e compreende porque se dirige ao seu julgamento; a vida futura é uma realidade que se desenrola sem cessar aos seus olhos; ele a vê e a toca, por assim dizer, em todos os instantes; a dúvida não pode entrar em sua alma. A vida corporal, tão limitada, se apaga para ele diante da vida espiritual, que é a verdadeira vida; daí o pouco caso que faz dos incidentes do caminho e sua resignação nas vicissitudes, das quais compreende a causa e a utilidade. Sua alma se eleva pelas relações direta que mantém com o mundo invisível; os laços fluídicos que ligam a matéria se enfraquecem e, assim, se opera um primeiro desligamento parcial que facilita a passagem desta vida para a outra. A perturbação, inseparável da transição, é de curta duração, porque logo o limiar transposto, ele se reconhece; nada lhe é estranho; tem consciência de sua situação... continua no livro é só ler; uma boa leitura... 

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