Capítulo
I- pág. 151
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Para trabalhar pela sua depuração, reprimir as más tendências, vencer as
paixões, é preciso ver-lhes as vantagens no futuro; para se identificar com a
vida futura, dirigir-lhe as suas aspirações e preferi-la á vida terrestre, é
preciso não só nela crer, mas compreendê-la; é preciso se representá-la sob um
aspecto satisfatório para a razão, em completo acordo com a lógica, o bom senso
e a ideia que se faz da grandeza, da bondade e da justiça de Deus. De todas as
doutrinas filosóficas, o Espiritismo é a que exerce, sob esse aspecto, a mais
poderosa influência pela fé inabalável que ela dá...
O
espírita sério não se limita a crer; ele crê porque compreende, e compreende
porque se dirige ao seu julgamento; a vida futura é uma realidade que se
desenrola sem cessar aos seus olhos; ele a vê e a toca, por assim dizer, em
todos os instantes; a dúvida não pode entrar em sua alma. A vida corporal, tão
limitada, se apaga para ele diante da vida espiritual, que é a verdadeira vida;
daí o pouco caso que faz dos incidentes do caminho e sua resignação nas vicissitudes,
das quais compreende a causa e a utilidade. Sua alma se eleva pelas relações
direta que mantém com o mundo invisível; os laços fluídicos que ligam a matéria
se enfraquecem e, assim, se opera um primeiro desligamento parcial que facilita
a passagem desta vida para a outra. A perturbação, inseparável da transição, é
de curta duração, porque logo o limiar transposto, ele se reconhece; nada lhe é
estranho; tem consciência de sua situação... continua no livro é só ler; uma
boa leitura...
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