sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Estrada uma comparação para evolução

Na visão Espírita...
Suponhamos uma longa estrada, sobre o percurso da qual se encontram, de distância em distância, mas em intervalos desiguais, florestas que é preciso atravessar; á entrada de cada floresta, a estrada larga e bela é interrompida e não retoma senão na saída. Um viajor segue essa estrada e entra na primeira floresta; mas lá não mais vereda batida; um Dédalo inextrincável no meio do qual se perde; a claridade do Sol desapareceu sob o espesso maciço das arvores; ele erra sem saber para onde vai; enfim, depois de fadigas extraordinárias chega aos confins da floresta, mas abatido, rasgado pelos machucados pelos calhaus. Lá reencontra s estrada e a luz e prossegue seu caminho, procurando se curar de suas feridas. Mais longe, encontra uma segunda floresta, onde o esperam as mesmas dificuldades; mas já tem um pouco de experiência e dela sai menos contundido. Numa, encontra um lenhador que lhe indica a direção que deve seguir e impede-o de se perder. A cada nova travessia a sua habilidade aumenta, se bem que os obstáculos são mais facilmente superados; seguro de reencontrar a bela estrada na saída, essa confiança o sustenta; depois sabe se orientar para encontrá-la mais facilmente. A estrada termina no cume de uma montanha muito alta, de onde avista todo o percurso desde o ponto de partida; vê também as diferentes florestas que atravessou e se lembra das vicissitudes que experimentou, mas essa lembrança nada tem de penosa, porque alcançou o objetivo; é como o velho soldado que, na calma do lar doméstico, se lembra das batalhas qual assistiu.
Essas florestas disseminadas sobre a estrada são para ele como pontos negros sobre uma condecoração branca; ele diz a si mesmo: "Quando estava nessas florestas, nas primeiras sobre tudo, como me pareciam longas para atravessar! Parecia-me que não chegaria mais ao fim; tudo me parecia gigantesco e intransponível ao meu redor. E quando penso que, sem esse bravo lenhador que me recolocou no bom caminho, talvez estivesse ali ainda! Agora que considero essas mesmas florestas, do ponto de vista onde estou como me parecem pequenas! Pare-me que, com um passo teria podido transpô-las; bem mais, a minha vista as penetra e nelas distingo os menores detalhes; vejo até as faltas que cometi"...

resumo: A estrada é figura da vida espiritual da alma, sobre o percurso da qual se é mais ou menos feliz; as florestas são existências corpóreas, onde se trabalha para o seu adiantamento, ao mesmo tempo em que para a obra geral; o viajor que chega ao objetivo e que retorna para ajudar que estão atrasados é a dos espíritos quardiães, missionários de DEUS, que encontram a sua facilidade em seu objetivo, mas também na atividade que desdobram para fazerem o bem e obedecerem ao supremo Senhor...
Obras Póstumas A estrada da vida pag.183: Allan Kardec

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