quinta-feira, 5 de julho de 2012

PROVA DA IMORTALIDADE DA ALMA





XLIV

PROVA DA IMORTALIDADE DA ALMA


Depois das portentosas manifestações dos Espíritos, verificadas no mundo todo, e verificáveis a todos os momentos, sempre que se deliberar investigá-las sem espírito preconcebido, ninguém mais tem o direito de negar a Imortalidade, sem que se livre do qualificativo de ignorante, ou pessoa de má fé.
As materializações, as moldagens, as fotografias, a voz direta, a escrita direta e os fatos que se dão com o auxilio dos médiuns aí estão para confirmarem a sobrevivência do Espírito: Que outra explicação plausível se poderia dar desses fatos maravilhosos? Qual a causa a que se podem atribuir esses fenômenos, todos de natureza espiritual, inteligentes, e cujos efeitos denotam critério, raciocínio, a execução de um plano sabiamente formulado, a manifestação da vontade pela força que molda a matéria, dando-lhe as formas precisas de funcionamento?
O critério sadio proclama os fatos espíritas como provas patentes da Imortalidade! Abstemo-nos de transcrever fenômenos que enchem milhares de grossos volumes da bibliografia do Espiritismo e do Psiquismo.
O grande livro esta aberto a todos, bastando a cada indivíduo voltar suas vistas para estes interessantes estudos, indispensáveis à felicidade, porque é deles que nos vem a certeza do futuro, e é com o seu auxílio que palmilharemos a estrada do dever, que nos foi aberta pelo Amado Filho de Deus, para a posse da Vida Verdadeira, da Vida Eterna, na qual não se conhece a morte!


SÚMULA


O estudo da alma, rico de verdades promissoras; tem sido desprezada pela quase totalidade dos homens.
Infelizmente, com grande prejuízo para a Humanidade, as religiões, presas aos cultos, e as ciências, circunscritas à matéria bruta, não têm esclarecido os homens sobre a sua procedência, a sua situação na Terra, os seus destinos.
O Reinado do Mundo absorveu toda a inteligência, todo o raciocínio dos "guias das almas", dos "mestres em Israel", dos "doutores".
Mas a noite deveria passar, e, com ela, todas as concepções errôneas que transviavam a Humanidade do Caminho da Verdade. A aurora do novo dia, finalmente, raiou nos horizontes do nosso mundo, e o Reinado do Espírito substituirá, em breves tempos, o Reinado da Matéria.
Já ficamos sabendo que a "matéria" é o objeto do trabalho do Espírito para o desenvolvimento das suas faculdades latentes, e que o nosso nascimento anímico se perde na noite dos tempos, havendo-se verificado no primeiro degrau da "escala animal".
Sabemos mais, que a evolução pela "escala zoológica" se faz sem transições bruscas, não devendo esses corpos ser outra coisa senão degraus por onde subimos, degraus dessa longa escada que vai do zoófito ao homem. É nessas florestas da vida que a alma, principio inteligente, prepara-se, elabora-se, individualiza-se, desenvolve as suas primeiras faculdades para chegar ao reino hominal.
Todos partimos do mesmo princípio; a todos o Criador concede os mesmos meios de progresso, os mesmos meios de perfeição, a mesma imortalidade; todos nós galgaremos os alcantis da Espiritualidade, cada vez mais ricos de conhecimentos, para podermos afirmar com mais lúcido raciocínio, e mais apurado sentimento, a nossa individualidade, o nosso "Eu" imortal.
Essa Lei, é a grande Lei da Unidade que se manifesta na diversidade, isto é, Lei única para todos, Lei Sábia que preside a toda a Criação, Lei que proclama a Justiça e a Bondade do Supremo Criador! Só ela dá uma saída, um fim, um destino aos animais no seu principio psíquico, anímico, fazendo ver a todos que o Senhor não deserdou esses entes inferiores por Ele criados, pois encontrarão, no futuro, uma recompensa dos seus trabalhos, terão a compensação dos seus sofrimentos!
Só essa Lei grandiosa explica a contento a diversidade de raças, de condições, de inteligência, de saber, de virtudes. As vidas sucessivas, a pluralidade das existências corpóreas é o fundamento da Gênese da Alma. Obscurecida pelos escribas, condenada pelos fariseus, negada pelos doutores da Lei, a doutrina da pluralidade das existências é a proclamação de todos os atributos de Deus; satisfaz a razão, alegra o sentimento e está escrita no cenário do mundo, em todos os lares, em todas as sociedades com fatos que se, não podem negar; a Natureza inteira a proclama como verdade incontestável!
Folgamos imenso que as nossas demonstrações sejam proveitosas a todos aqueles que começam a abordar tão transcendental assunto, ao mesmo tempo que damos graças a Deus por nos conceder luzes, para, com docilidade, recebermos as inspirações dos Seus Mensageiros, que constituem a melhor parte desta obra.
Concluímos secundando o apelo de Allan Kardec, inscrito na sua Gênese: A CIÊNCIA É CHAMADA A CONSTITUIR A GÊNESE, SEGUNDO AS LEIS DA NATUREZA.
A era nova chegou, a época da Ressurreição do Espírito tardou mas não faltou: os ouropéis, as pompas, os mistérios, os dogmas, que impediam a visão do Espírito, já começam a desaparecer, e a Luz brilha em todos os recantos da Terra.
A cada estrofe entoada nos ares à nossa liberdade, a cada hino dos mundos que nos acenam com suas promessas, podemos repetir, como estribilho, a vivificante mensagem de Victor Hugo, que nos foi dada a 7 de julho de 1921:
"O mundo progride; a matéria transforma-se e aperfeiçoa-se; a força afirma-se e intensifica-se; o Espírito aclara-se e impera; do atrito de duas pedras chispam faíscas, das faíscas vem o fogo, e do fogo brota a luz!
O mundo nasceu nas pedras, cresceu no fogo e viverá na Luz! Tudo brilha, tudo vive, tudo caminha, tudo evolui!
As pedras brilham na Terra, as almas fulgem nos Céus; os corpos falam e agem; os Espíritos pensam e sentem; tudo se movimenta, tudo marcha, almas e corpos, estes para a transformação, aquelas para a Imortalidade!
O mundo nasceu para viver, como o fogo para aquecer, a luz para iluminar.
O nada não existe: trevas, morte, sepulcros, não são mais que berços que acalentam as variadas formas da Vida para entregá-las á Eternidade.
A Natureza é muito grande e muito rica para criar, educar e dotar os seres que admiram as suas glórias, que se extasiam aos seus esplendores!
Não há vácuo, hiato, nem lacuna que lhe desvalorize o mérito; tudo se liga, tudo se afirma, tudo se completa na Obra Divina da Criação. O mundo sobe e se transforma, a força vibra e se acentua, o Espírito cresce e se eleva!
Tenhamos fé! A inteligência ilumina suas esferas, e as consciências despertam maravilhadas para a Luz; os Espíritos caminham pressurosos para a Verdade!
Tenhamos fé! o mundo progride, o mundo marcha, o mundo voa; as duas "pedras'" chocam-se e do seu encontro ressaltam claridades que iluminam a Terra!
O mundo progride, o Espírito impera!
Tenhamos fé! Com os olhos voltados para o céu é que a alma vê o brilho das estrelas, o poder de Deus!"
Caibar Schutel: Livro: Gênese da Alma
Fonte: www.autoresespiritasclassicos.com

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